Conheça os prós e contras da Dieta Dukan para emagrecer

Dieta aposta nas proteínas para secar medidas, mas é marcada pela deficiência nutricional





Popularizada por estar presente no prato de celebridades como a Princesa Kate Middleton, a Dieta Dukan é uma derivação da dieta das proteínas, e leva esse nome por ter sido elaborada pelo francês Pierre Dukan. Separada em quatro fases (ataque, transição, consolidação e estabilização), a dieta promete a eliminação e manutenção do peso perdido, com a vantagem de permitir comer à vontade, na hora que quiser. Mas será que é realmente assim que funciona? Conversamos com um time de nutricionistas, que explicaram como a dieta funciona e quais os prós e contras de adotar esse método para emagrecer. Confira: 
mulher dormindo no escritório - Foto Getty Images

Fase de ataque: comer só proteínas elimina peso, mas não dá energiaA primeira etapa da Dieta Dukan tem duração de dois a sete dias e representa a fase mais radical da dieta, em que o foco é o consumo apenas de proteínas. São permitidos os seguintes alimentos: carnes magras, fígado, rins, aves, peito de peru ou frango, frutos do mar, iogurte, queijos ou leite desnatado e ovos. Além disso, a dieta prevê o consumo de três colheres de aveia por dia, para manter o intestino funcionando. 
Prós: Ingerir apenas alimentos que fornecem principalmente proteínas pode levar ao emagrecimento rápido, dando mais motivação. A possibilidade de comer os alimentos desse grupo à vontade, em qualquer quantidade e horário, também pode ser um incentivo.
Contras: A restrição abrupta dos carboidratos pode causar sérios prejuízos ao organismo. "Sem a glicose proveniente dos carboidratos, o sistema nervoso pode ficar comprometido, sem energia, e podem surgir sintomas com letargia, fadiga (central e periférica) e irritabilidade", diz o nutricionista e fisiologista Ricardo Zanuto, de São Paulo. Com a falta de carboidratos, o corpo tende a converter gordura em energia acarretando na liberação de substâncias chamadas corpos cetônicos, que em altos níveis podem ser prejudiciais às células e causar desconfortos como mau hálito. "Como não há ingestão de carboidratos, o corpo também passa a queimar massa muscular, nos deixando mais fracos e dificultando a realização de atividades diárias ou exercícios físicos", completa o nutricionista Fábi Lorenzeti, da Universidade de São Paulo. Outro ponto negativo é ingestão insuficiente de fibras (presentes em verduras, legumes, cereais e frutas), que são responsáveis por auxiliar no funcionamento gastrointestinal normal, resultando em gases, desconforto gastrointestinal e dificuldade de evacuação. A inclusão do farelo de aveia pode até ser uma vantagem, mas as três colheres podem não ser suficientes para manter o intestino funcionando, e uma dieta deve ser variável e outros alimentos também podem ser usados como fontes de fibras. "O farelo de aveia é um exemplo de fibra solúvel, mas outras fontes como chia, linhaça e centeio também são bem-vindas", completa a nutricionista Fernanda Amorim Nascimento, do Centro Universitário Celso Lisboa, no Rio de Janeiro.mulher fazendo cara feia para a salada - Foto: Getty ImagesFase de transição: legumes e verduras são permitidosO período de transição dura até a pessoa atingir a meta de peso que procura. Nessa fase, alguns legumes e verduras são gradualmente adicionados, mas um dia da semana deve ter sempre o consumo exclusivo de proteínas, como na primeira etapa. Durante a fase de transição é recomendado o consumo de no mínimo 1,5 litros de água ao dia. Os legumes permitidos são: pepino, berinjela, tomate, rabanete, palmito, acelga, aipo, cogumelos, escarola, espinafre, repolho, alho-poró, abobrinha e vegetais folhosos.
Prós: semelhante a fase anterior, esta será caracterizada pela redução de medidas, já que apresenta consumo elevado de proteínas e baixo consumo de carboidrato - presentes agora apenas nos vegetais que são adicionados ao cardápio. Os legumes devem ser consumidos grelhados, crus, refogados ou no vapor, sempre com pouco óleo ou, preferencialmente, com azeite de oliva que é rico em gorduras insaturadas, boas para saúde do organismo. As frituras, que lotam os alimentos de gorduras nocivas ao organismo, são proibidas.
Contras: o consumo destes vegetais aumenta nessa fase, mas o valor nutricional da dieta continua sendo muito pobre. "Ainda que esses legumes e vegetais contenham carboidratos efibras em sua composição, as quantidades não são suficientes, causando os mesmos problemas da etapa anterior", diz a nutróloga Sylvana Braga, de São Paulo. "Essa fase da dieta também não conta com a presença de frutas, que são ricas em vitaminas e sais minerais importantes para o bom funcionamento do nosso organismo." 
POR CAROLINA GONÇALVES


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